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23/01/2018 as 09h20 / Por (Campo Grande News)

Terceirizadas da fábrica da Asperbras demitem em massa em Água Clara

Cerca de 250 trabalhadores da construção perderam o emprego e estão sem receber

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  • - Trabalhadores em frente à Greenplac, fábrica de MDF da Asperbras (Foto: Direto das Ruas)
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Cerca de 250 trabalhadores da construção civil, a maioria vinda de outros estados, estão desempregados em Água Clara. Segundo informações do Campo Grande News, eles foram demitidos desde o fim do ano passado por empresas terceirizadas pela Asperbras, que constrói uma indústria de MDF no município, a chamada Greenplac, com investimento de R$ 330 milhões. Parte dos trabalhadores ainda não teria recebido os valores relativos à rescisão contratual.

O Sintracon (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil) informou que três empresas, todas prestadoras de serviços à Asperbras, realizaram demissões em massa desde 2017: a Almeida Lopes (cerca de cem demitidos), a Fascimon (aproximadamente, 70) e, recentemente, a Photon Engenharia (75 pessoas).

Entre esses trabalhadores, está Alfred Carlos Gonçalves dos Santos, que veio da Bahia para trabalhar como montador, prestando serviço para a Asperbras e contratado pelo Photon. “São 75 funcionários que foram demitidos e que ainda não receberam. Nossa rescisão vence hoje”, afirmou o montador, por telefone, nesta segunda-feira (dia 22).

De acordo com Alfred, os trabalhadores, que estão agora desempregados, são de outros estados, a maior parte do Nordeste. “Todo mundo é de fora e estão sem dinheiro”, reforça.
Para receber o salário de dezembro e rescisões assinadas nesse mês, funcionários demitidos protestaram em frente à Greenplac. “Agora estamos brigando pelas rescisões que foram assinadas no dia 12 de janeiro”, detalhou o montador.

A Photon, assim como as outras duas empresas, demitiram em massa porque não teriam recebido pelos serviços prestados à Asperbras. Outros fornecedores também estariam sem receber.

A situação crítica em Água Clara pode ser sentida no clima tenso durante um dos protestos, conforme mostra vídeo enviado à redação do Campo Grande News. Na ocasião, um dos trabalhadores fala a um segurança da Greenplac: “Nós não temos o que comer, não temos onde dormir. Culpa de quem é isso aí?” E, depois, finaliza: “Nós queremos o que é nosso!”.

GreenPlac em imagem de agosto do ano passado (Foto: Asperbras)
GreenPlac em imagem de agosto do ano passado (Foto: Asperbras)

 

Outro lado – A Asperbras, com sede em São Paulo, foi procurada pela reportagem, mas, possivelmente devido ao horário (pouco depois das 18h em Mato Grosso do Sul), ninguém atendeu os telefonemas.

De acordo com informações no site da Asperbras, a Greenplac terá capacidade de produção de 250 mil m³ de MDF por ano, criando 200 empregos diretos. A empresa também informa que a inauguração da primeira fase da indústria seria no dia 8 de janeiro de 2018, o que significa que o cronograma está atrasado.

A Asperbras surgiu em 1966 como empresa de implementos agrícolas em Penápolis, no interior de São Paulo. Com o tempo se expandiu nacional e internacionalmente, atuando, hoje, em países da África, Europa e América do Sul.

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