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22/02/2018 as 08h15 / Por (Midiamax)

Cheia do Aquidauana deixa prejuízo e 100 moradores desalojados

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  • Fotos: Henrique Kawaminami -
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O nível do Rio Aquidauana, que transbordou na última terça-feira (20), já começou a baixar, mas deixou rastro de destruição na vida de moradores das cidades vizinhas Aquidauana e Anastácio. Equipe do Jornal Midiamax esteve no local, nesta quarta-feira (21), acompanhando de perto a situação nesses dois municípios.

“A cheia de 1990 foi terrível e essa de agora se assemelha muito, mas infelizmente a tendência é piorar com o passar dos anos. O rio está assoreando e a parte arenosa dele vai descendo, estou assustado”, confessou o aposentado Joaquim Conceição, que mora em Aquidauana há 45 anos.

O exército disponibilizou um bote para travessia gratuita dos moradores. No local, cerca de 200 policiais auxiliam na travessia entre os municípios, já que muitas pessoas moram em uma cidade, mas trabalham em outra. Barqueiros particulares também realizaram a travessia, mas cobram R$ 5 por ela.

“Eu e meu marido começamos a erguer e tirar os móveis do meu comércio às 17h de ontem e 20h a água já estava na altura no botijão de gás. O exército chegou para nos ajudar às 20h30, mas infelizmente 22h a água já tinha coberto tudo”, conta Leila Sobrinho Figueiredo, de 32 anos, dona de uma marmitaria que ficou completamente submersa.

O comércio foi inaugurado há menos de um ano e Leila teve um bom prejuízo, ainda não contabilizado. “Fico triste porque tenho esse comércio há menos de um ano e vou ter que começar do zero novamente. O imóvel é alugado e vou gastar com a reforma do prédio e com os móveis que não puderam ser tirados”, lamentou.

De acordo com Leila, todos os comerciantes de ambas as cidades já estavam alertas, caso o nível da água oferecesse subisse mais, oferecendo perigo. “Vários tiveram que sai às pressas, foi tudo muito rápido, foi um caos. Tomara a deus que a água abaixe logo”, disse

Assistência
De acordo com a superintendente Gabriella Lopes, da Secretaria de Saúde, há, ao menos, 35 famílias alojadas em três abrigos, disponibilizados pela prefeitura e pela igreja católica e há equipes disponíveis em todos os períodos do dia. “Cerca de 100 pessoas estão no local e, caso o número de desabrigados aumente, já temos um quarto abrigo em vista”, afirmou.

De acordo com a superintendente, há uma equipe multidisciplinar prestando atendimento à população afetada pela cheia do rio Aquidauana. “Temos três médicos clínicos gerais, cinco enfermeiros, dois psicólogos, técnicos de enfermagem, fisioterapeuta e profissionais de educação física”.

A Cruz Vermelha de Campo Grande também disponibilizou outros técnicos de enfermagem e enfermeiros para atendimento nos municípios.

Conforme afirmou à reportagem o prefeito de Aquidauana Odilon Ribeiro, nesta quarta-feira (21), professores de algumas disciplinas não puderam dar aulas nas escolas municipais, pois moram em Anastácio e não conseguiram realizar a travessia. “Ao menos amanhã [quinta-feira (22)] os alunos também não terão aula.

Segundo Odilon, ainda não é possível mensurar os prejuízos causados e a situação financeira do município é digna de preocupação. “Primeiro vamos esperar o nível da água baixar e depois vamos avaliar o prejuízo causado e correr atrás de mais recursos, já que os disponíveis pela Prefeitura são limitados”, ponderou.

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