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15/02/2019 as 09h07 / Por (Campo Grande News)

Em MS, duas barragens apresentam infiltrações, aponta vistoria do Imasul

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  • - As duas barragens que apresentaram problemas são da Vetorial Mineração. (Foto: Imasul)
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Duas barragens da empresa Vetorial apresentaram problemas de acordo com a vistoria realizada pelo grupo de trabalho coordenado pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) no final de janeiro. Os resultados foram divulgados na tarde desta quinta-feira (14), em Corumbá, a 419 quilômetros de Campo Grande.

 

As estruturas em questão são a Barragem Sul, da mina Laís, e a Barragem B-6, da mina Monjolinho. Segundo o laudo a que o Campo Grande News teve acesso, a Barragem Sul, que tem 800 mil m³ de capacidade e tem dano potencial associado médio, apresentou 3 problemas: limite de rejeito muito próximo da crista; PAEBM (Plano de Ação de Emergência de Barragem de Minério) não adequado; infiltração na barragem.

Ainda em relação à Barragem Sul, o documento aponta que outra infiltração havia sido verificada na vistoria realizada em 2016, porém em local diferente da observada nesta vistoria.

Já na Barragem B-6, com 150 mil m³ de capacidade e dano potencial associado alto, foram 5 os problemas identificados pelos técnicos: inexistência de PAEBM; manutenção precária dos taludes; movimentação de máquinas pesadas na crista; escoamento de rejeito de minério a céu aberto causando, desmoronamento do talude em alguns pontos; sulcos erosivos em toda a extensão da parte interna dos taludes, o que pode estar comprometendo a estabilidade da barragem.

Logo após à reunião, o diretor-presidente do Imasul informou ao Campo Grande News que estudos mais aprofundados devem ser realizados. “Vamos solicitar contratação de auditoria especializada em segurança de barragens para verificar se estas alterações e outras que foram identificadas estão afetando a segurança dessas duas barragens”.

Segundo ele, apesar de serem identificados os problemas, o grupo de trabalho “não soube quantificar o risco, porque precisa do levantamento mais completo e apontar qual nível de risco atual de rompimento”, completou Eboli.

O diretor-presidente do Imasul disse ainda que a Vetorial apresentou justificativa quanto ao limite de rejeito da Barragem Sul estar muito próximo à crista, a empresa disse que “já é parte do início de um novo alteamento do talude”.

Eboli ressaltou a ausência de PAEBM para a Barragem B-6 e a deficiência do plano para a Barragem Sul. “Será solicitado, pois a Defesa Civil entende que é necessário. Na Sul precisa readequação do plano de ação, principalmente porque o grupo de trabalho detectou que não há de forma satisfatória sistema de alerta sonoro. Seria ideal um sistema automático, que não necessite acionamento humano num eventual rompimento, mas sim por sensores”.

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