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05/03/2021 as 10h46 / Por (Midiamax)

Governo de MS culpa prefeitos e diz que decisão sobre lockdown cabe aos municípios

Ao contrário de outros Estados, MS decretou apenas toque de recolher às 23h<br />

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  • - (Divulgação Governo de MS)
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O secretário estadual de saúde, Geraldo Resende desconversou sobre a responsabilidade do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) sobre o lockdown em Mato Grosso do Sul para frear o avanço do coronavírus e disse caber aos prefeitos a decisão de adotar medidas mais restritivas de circulação. Questionado se o governador estaria evitando tomar medidas mais rígidas visando não se comprometer com os apoiadores empresários, contrários a medidas de maiores restrições, Resende respondeu que o Estado já adotou o programa Prosseguir – que classifica os municípios conforme o risco de contaminação para Covid-19.

“Compete aos municípios adotarem o programa Prosseguir, é o mais valioso que adotamos, inclusive mandamos nosso programa para outros estados”, disse Geraldo.

Para o secretário, o governo tomou as providências cabíveis emitindo as recomendações aos municípios. “Não adianta cobrar do Estado, se municípios não estiverem fazendo sua parte. Campo Grande está com bandeira vermelha, então, o toque de recolher deveria ser, no mínimo, a partir de 22h ou 21h [atualmente é a partir das 23h]”, disse Resende, completando que o Estado decretou toque de recolher baseado na classificação de cada município.

‘Lockdown pra ontem’
No entanto, a medida mais recomendada por especialistas é o Lockdown – que consiste no funcionamento somente de serviços essenciais por determinado período. “É preciso tomar medidas mais restritivas”, disse o infectologista da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e professor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Julio Croda.

Porém, Resende acredita que seria necessário uma decisão do governo federal nesse sentido. “O governo do Estado entende que precisa ter uniformidade de medidas no país, comandado pelo governo federal”, declarou. Na semana passada, ele e outros 26 secretários de saúde enviaram carta ao Ministério da Saúde pedindo um lockdown em estados com ocupação em leitos UTI superior a 80%.

Responsabilidade de prefeitos
Resende reforçou que cabe aos municípios tomar as decisões para conter o avanço da pandemia. “O governo deu a todos os municípios todos os instrumentos como insumos e o programa Prosseguir que, infelizmente, por cederem a pressões de grupos, os municípios não os adotam”, disse.

Além disso, o secretário isentou a parcela do governo do Estado no aumento da taxa de ocupação de leitos UTI, que chegou a 94% em MS. “Não espere do governo do estado a questão da responsabilidade. Os municípios contam com apoio do governo, das nossas forças de segurança como Polícia Civil e Militar para ajudar onde tem Guarda Municipal. Temos ajudado financeiramente, aqui em Campo Grande, os recursos aplicados pelo Estado é muito superior ao que o município aplica”, explicou.

Por fim, elogiou a atuação do prefeito de Ponta Porã, Hélio Peluffo (PSDB), que adotou uma série de medidas restritivas como suspensão de shows e eventos e limite de 40 pessoas em festas. Além disso, fechou quadras de esportes e parques. “Está exercendo na sua plenitude o que os prefeitos precisam fazer, que é tomarem decisões que evitem mortes dos seus munícipes”, completou.

Governadores e o Lockdown
Apesar de o governo de MS ‘desconversar’ sobre lockdown, governadores de outros estados adotam a medida para conter o avanço do vírus em seus estados. Na quarta-feira (03), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (NOVO), decretou lockdown em 60 municípios de seu estado. Nesses locais, o governo daquele estado entendeu que o avanço da doença estava mais grave e decidiu por adotar medidas mais severas de restrição de circulação.

A partir desta sexta-feira (05), Fortaleza entrou em lockdown por 13 dias por decreto do governador do estado do Ceará, Camilo Santana (PT). No caso, a decisão foi tomada em conjunto com o prefeito, José Sarto (PDT).

A mesma situação aconteceu no Distrito Federal e Pará, onde os governadores entenderam que era necessário intervir e tomar medida mais incisiva. Em Santa Catarina, por exemplo, o governador Carlos Moisés (PSL) decretou lockdown no último fim de semana, Na Bahia, o governador Rui Costa (PT) também adotou a medida.

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