Ao sair para comprar salgado, fotógrafo encontra tamanduá-mirim próximo a rodovia BR-262

O fotógrafo Victor Ramalho encontrou um tamanduá-mirim ao sair para comprar um salgado durante a madrugada de sábado (6), em Miranda (MS). A poucos metros de casa, ele cruzou com o animal silvestre circulando pela rua.

“Fui pegar um salgado e voltei por uma estrada de chão, pelo bairro Aparecida, que é bem próximo à rodovia. A dois quarteirões para chegar em casa, do lado esquerdo, uma menina que estava comigo viu o tamanduá bem na beira do poste e me mostrou”, comenta.

O tamanduá-mirim estava equilibrado somente nas patas traseiras. Esse comportamento, segundo especialistas, indica que o animal estava se sentindo ameaçado e por isso fica em posição ereta, apoiado também sobre a cauda, deixando as garras das patas da frente prontas para se defender de qualquer ataque, comportamento que foi percebido pelo fotógrafo.

Tamanduá-mirim estava circulando pela cidade durante a madrugada. — Foto: Reprodução/VictorRamalho

“Ele estava se sentindo ameaçado, porque não estava na área dele, ele estava na área da cidade, perdido. [...] Eu avisei para a Polícia Militar Ambiental para resgatar ele. Mandei foto, localização para eles irem lá e devolver ele para o habitat”, relata Victor.

O tenente-coronel da Polícia Militar Ambiental (PMA), Ednilson Queiroz, explica que a presença de animais silvestres no perímetro urbano dá-se devido à proximidade das cidades com áreas de conservação e também com o desmatamento em algumas áreas. Segundo ele, a cada ano cerca de 3 mil animais silvestres são resgatados nas cidades do estado.

“Acabam nessa migração adentrando o perímetro urbano. Às vezes o animal vem caminhando, leva um susto com o barulho dos veículos e o tamanduá acaba adentrando as residências. A gente já pegou tamanduá até dentro de churrasqueira, porque o bicho se assusta e procura uma proteção”, comenta.

Segundo a PMA, o animal deve ter seguido o próprio caminho. — Foto: Reprodução/VictorRamalho

O tenente-coronel pontua que nem sempre é necessário o resgate do animal, como foi com o tamanduá-mirim desta matéria.

"Se o bicho não entrar em uma residência, a gente deixa ele seguir o curso dele, principalmente durante a madrugada, quando ele não leva susto. O bicho vai passar e atravessar a cidade. Não é todos os casos que o bicho adentra o perímetro urbano, que é caso de captura", explica.