Água Clara/MS . 02 de Dezembro de 2025

02/12/2025 as 15h54 / Por ()
Um dos grandes nós górdios da Volkswagen Saveiro na briga contra sua longeva rival Fiat Strada sempre foi a suspensão traseira. A arquitetura por eixo rígido com molas semielípticas da concorrente caiu no gosto dos frotistas e levou a picape compacta da Stellantis a ter uma liderança consistente contra a da marca alemã. Pois esse jogo pode virar com o projeto Udara.
Conforme Autoesporte noticiou em primeira mão em abril de 2025, o projeto Volkswagen Udara, ou VW247, terá versões de trabalho para suceder a Saveiro. Ao mesmo tempo, nas versões de topo, o porte similar ao da Chevrolet Montana e a cabine dupla conferirão ao modelo um certo ar lifestyle, conforme apontado pelo CEO mundial da marca, Thomas Schäfer, em entrevista exclusiva à nossa reportagem em setembro.
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Para equilibrar esses dois pratos em um único produto, Autoesporte pode agora afirmar que a Udara – nome provisório do projeto, embora esteja em estudo para adoção em definitivo – terá versões de entrada com cabine simples. Além disso, sua suspensão traseira terá a mesma arquitetura por eixo rígido com molas semielípticas da Strada, conforme explicamos neste outro artigo.
Assim, mesmo com o porte de Montana, a nova picape intermediária da Volkswagen não deixará de olhar para o mercado de frotistas, com o apelo de ser uma caminhonete com porte maior e mais volume na caçamba, além de potencialmente oferecer maior capacidade de carga.
Devido ao seu porte e preço mais elevados que o da Strada, dificilmente a Udara brigará para ser o veículo leve mais vendido no Brasil, como a picape da Fiat atualmente é, mas pode roubar bons clientes da rival e ajudar, indiretamente, o Tera a se consolidar como carro mais emplacado no país.
As projeções da nova caminhonete cabine simples da Volkswagen, feitas com exclusividade por João Kleber Amaral para a Autoesporte, são meramente ilustrativas.
Como será a nova picape da Volkswagen
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Volkswagen Udara é o nome do projeto — Foto: João Kleber Amaral/Autoesporte
O projeto Udara, nova picape intermediária da Volkswagen que será produzida em São José dos Pinhais (PR), dentro de um plano de investimentos de R$ 3 bilhões, está em pleno desenvolvimento. Além do nome provisoriamente usado em sua fase de desenvolvimento, a marca alemã registrou as opções Acron, Airon, Arena, Tagro e Tukan no Brasil.
Contudo, conforme descoberto por Autoesporte em outubro, há uma mudança importante no cronograma de lançamento. Inicialmente, o projeto VW247 (código de engenharia do projeto) estava previsto para lançamento no primeiro semestre de 2026. Agora, o SOP ou início de produção em série está previsto para o final do ano que vem e o lançamento ficará para o primeiro trimestre de 2027.
A escolha da fábrica de São José dos Pinhais ocorreu porque é lá que a Volkswagen produz o T-Cross, com quem a picape compartilhará toda a estrutura dianteira da carroceria monobloco, a partir da plataforma MQB A0. Da ponta do para-choque frontal até o fim das portas laterais dianteiras, todo o underbody, as chapas estruturais de aço, as colunas A e B, o para-brisa, motorização, suspensão, freios e cubos de roda dianteiros usados pela Udara virão do SUV compacto.
Visualmente, a caminhonete seguirá linhas parecidas com as do Tera, porém com um visual mais robusto. O porte será similar ao da Chevrolet Montana, para que a Udara possa brigar com as Fiat Strada e Toro ao mesmo tempo. Por isso, o modelo medirá cerca de 4,75 metros de comprimento, 2,80 m de entre-eixos, menos de 1,80 m de largura e 1,70 m de altura.
Conforme antecipado pelo Autos Segredos, a Udara será o primeiro produto nacional da marca com motor híbrido flex, dentro de um anúncio da marca de eletrificação com produtos híbridos leves, plenos e plug-in, a partir do ano que vem.
Isso significa que a picape intermediária deve ser o primeiro produto a usar o motor 1.5 TSI Evo2 com sistema híbrido leve de 48 Volts, inicialmente importado do México. São 150 cv de potência e 25,5 kgfm de torque, com câmbio automatizado DSG de dupla embreagem e sete marchas.
As versões de entrada com cabine simples devem ter motorização 200 TSI, 1.0 turbo flex de três cilindros, com até 128 cv, enquanto as intermediárias usarão o 250 TSI (1.4 turbo flex de quatro cilindros) de iguais 150 cv e 25,5 kgfm, porém operando em ciclo Otto, sem eletrificação e com câmbio automático de seis marchas.
Auto Esporte
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